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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Como ajudar pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica no Brasil


Por Rennan A. Julio

Muito além do balde de gelo: como ajudar as pessoas que sofrem com o ELA no Brasil

Despontando como a atividade mais comentada das redes sociais nas últimas semanas, o “The Ice Bucket Challenge” (ou Desafio do Balde D’Água) foi criado pela ALS Association, uma associação que busca tratamentos para a Esclerose lateral Amiotrófica. Com o propósito de angariar fundos, a campanha se tornou viral e mais de 12 milhões de dólares já foram doados desde o começo do projeto, em julho.
“Doe 100 dólares ou jogue um balde cheio d’água na sua cabeça” é o desafio, que já contou com a participação de Mark Zuckerberg, Bill Gates e Jennifer Lopez. Ganhando força no Brasil, depois de ser passada pelo Instituto Paulo Gontijo e pela Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica, o projeto já ganhou a atenção de celebridades como Neymar Jr., Luciano Huck e Preta Gil.

Ainda sem cura, a ELA – que ficou mais conhecida como “Doença de Lou Gherig” – é uma doença neurodegenerativa que afeta as células nervosas do cérebro e da medula espinhal. Podendo afetar os neurônios motores, as pessoas diagnosticadas com a doença dificilmente conseguem controlar os seus músculos, vide o caso mais famoso do físico Stephen Hawking.

 Stephen Hawking

Procurando outras opções do que – apenas – compartilhar os vídeos dos famosos se molhando, decidimos separar algumas instituições que recebem doações para o tratamento da doença no Brasil.

A AbrELA (Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica) é a principal divulgadora da campanha “aquática” no Brasil. Acesse o site para conhecer um pouco mais do projeto e veja como doar!
A Associação Pró-cura da ELA é um projeto com o fim de auxiliar os pacientes diagnosticados com a doença, mas também ajudando seus familiares. Para se cadastrar, conhecer e apoiar o projeto que ajuda inúmeras famílias, acesse esse link.
O IPG – Instituto Paulo Gontijo é uma das principais associações do país em termos de pesquisa da doença, entrando aqui você poderá deixar sua doação! Veja o vídeo abaixo e entenda um pouco mais sobre o trabalho do instituto!


Daqui.
Imagens daqui: www.marceloabdon.com.brwww.estimulacaoneurologica.com.br

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Saiba mais sobre o EBOLA

 


Por Bruno Rizzato


O que é a doença do vírus Ebola?

A doença causada pelo vírus Ebola (EVD) é uma doença viral aguda que costumava ser conhecida como a febre hemorrágica Ebola. Ela é causada por três das cinco espécies dentro do gênero Ebolavirus. Duas espécies são capazes de infectar seres humanos, mas não são potenciais causadores da doença - você pode pegar e não ter influência alguma.
As outras três podem causar graus variados de doença. Infelizmente, o vírus do Ebola-Zaire é a estirpe mais mortal, e tem sido identificada como a causa do surto decorrente. Em surtos anteriores, ela foi a causadora de uma taxa de mortalidade de 90% nas pessoas que a contraiam.

Qual sua origem? 

Não se sabe ao certo o paradeiro do vírus, embora acredita-se que os morcegos sejam a primeira fonte transmissora, podendo abrigar os vírus em seu intestino. O vírus pode ter sido passado aos humanos através da caça e do consumo de animais infectados. Morcegos, porcos e cães são potenciais transmissores. Os primeiros surtos em seres humanos ocorreram no Sudão, infectando 284 pessoas, sendo fatal em 53% delas. 

Quais são os sintomas? 

Depois que uma pessoa contrai o vírus Ebola, pode levar até 21 dias para ela se tornar sintomática. A doença causa sintomas semelhantes aos da gripe, incluindo dores, dor abdominal, febre, vômitos e diarreia. Isto leva à desidratação, insuficiência do fígado e dos rins, e hemorragia.
Alguns doentes podem ainda entrar em "tempestade de citocinas", onde o sistema imunológico entra em conflito, danificando os tecidos, células e órgãos, com resultados potencialmente fatais. No entanto, existem muitas doenças que podem causar estes sintomas, por isso, exames de sangue precisam ser feitos para descartar outras doenças, como malária, hepatite, cólera, meningite, entre outras. 

Como é tratado? 

Não há um tratamento específico existente. Por mais que não seja animador, é preciso garantir uma condição de recuperação sadia ao infectado. Fluídos intravenosos evitam a desidratação, assim como é preciso manter o corpo do paciente fresco, para atenuar a febre. Analgésicos também são importantes para aliviar o sofrimento causado pelas dores. É preciso monitorar os níveis de oxigênio e a pressão arterial.
Ainda não existe uma vacina para prevenir o EVD, mas um ‘soro misterioso’, chamado ZMapp, tem sido utilizado para tratar dois casos recentes de infectados nos Estados Unidos. Ambos eram voluntários na África e apresentaram grandes melhoras após a aplicação de três ampolas do medicamento, ainda em testes. 

Qual é o prognóstico? 

Esta questão, infelizmente, não tem uma resposta clara. Alguns institutos afirmam que a taxa de mortalidade é, em qualquer lugar, de 50-90%, mas isso é uma enorme variação e não é necessariamente um número preciso para ser usado individualmente.
O prognóstico é dependente de muitos fatores, incluindo a cepa viral que causa a infecção, assistência médica disponível, e a velocidade do diagnóstico. Aqueles que têm a doença identificada e recebem tratamento mais cedo têm mais chances de sobreviver à infecção. Infelizmente, uma vez que os sintomas são bastante genéricos e assemelham-se a tantas outras doenças, os pacientes podem ser diagnosticados de forma errada, o que poderia atrasar o tratamento. 

Como é transmitida? 

O vírus pode se espalhar através do contato de fluidos corporais, o que é um pouco problemático, dada a quantidade de suor, vômito e diarreia envolvidos com os cuidados com o paciente.
O vírus também pode ser transmitido através do sêmen até sete semanas após o início da doença, mesmo quando os sintomas tenham diminuído. Um grande problema do Ebola, é que ele ainda tem caráter transmissor, mesmo depois da morte de seu hospedeiro. Isso significa que aqueles que manuseiam o corpo para os rituais fúnebres devem tomar precauções extremas. 

Qual é o problema com o atual surto? 

O surto foi declarado em março, na Guiné. Desde então, a doença se espalhou para a Libéria, Serra Leoa e Nigéria. Os dois norte-americanos citados acima que tinham sido infectados enquanto estavam em missão na África, foram levados para o Hospital da Universidade de Emory, em Atlanta, a fim de receber o tratamento com o medicamento específico.
Só até o primeiro dia do mês de agosto, houveram 1.323 casos confirmados, com 729 mortes (55% de taxa de mortalidade), distribuídos por quatro países da África Ocidental. Este é o maior surto de Ebola já registrado. Sessenta das mortes foram de trabalhadores de saúde que procuravam controlar a doença.

Devo me preocupar? 

Embora muitas pessoas, em todo o Mundo, estejam assustadas com a doença, muitas autoridades de saúde afirmam que o surto só tomou essas proporções, devido às condições precárias de atendimento nas regiões atingidas. Não estão conseguindo controlar a doença pelo falho sistema presente nesses países subdesenvolvidos, seja pela falta de profissionais capacitados, ou por equipamentos precários.
Para aqueles que vivem em países desenvolvidos, não é provável que o vírus se espalhe. Thomas Frieden, diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, disse que não há a possibilidade do Ebola se espalhar pelo território norte-americano, pela forma que ele está presente na África Ocidental. Todos os principais portos de entrada têm recebido estações de quarentena para encontrar possíveis viajantes acometidos. No entanto, o CDC emitiu um alerta de viagem Nível 3 para a Guiné, Libéria e Serra Leoa, para evitar a exposição.

O que está sendo feito para combater esta doença? 

A fim de resolver o surto, o CDC vai enviar 50 especialistas para algumas das áreas mais atingidas dentro dos próximos 30 dias. A Organização Mundial de Saúde declarou que o vírus está se espalhando mais rápido do que atualmente se pode conter. Além da natureza altamente contagiosa do próprio vírus, as autoridades de saúde também estão trabalhando contra as crenças culturais que mantiveram certos casos escondidos. Há também rituais de cura e práticas religiosas e culturais para enterros, que impedem alguns de procurar tratamento, contribuindo para a propagação da doença.
Em abril, foi anunciado que uma molécula antiviral foi eficaz contra todas as cepas de Ebola em roedores, e agora está sendo testada - mesmo que ainda não estejam exatamente prontas para testes clínicos -, nos dois norte-americanos infectados, trazidos para Atlanta.

Como posso me proteger? 

Para eliminar as chances de contrair os vírus, evite locais que tenham atuais surtos registrados. Se você tiver viajado para essa área no último mês, ou tenha sido exposto a alguém que tenha a doença, não se esqueça de lavar as mãos com água morna e sabão, evitando tocar nos olhos, nariz e boca. Você também deve evitar o contato com qualquer um dos seus fluidos corporais (principal medida). Se você foi exposto ao vírus e começar a sentir os sintomas, é preciso isolar-se imediatamente e ligar para a assistência médica. 

Fonte: IFLScience Foto: Reprodução / CDC / Frederick A. Murphy /
 
Daqui.


quarta-feira, 6 de agosto de 2014

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